A reforma urbana implementada por Roriz e sua repercussão para o desenvolvimento do Distrito Federal.


Enviado por Eliane Araújo
"Em Brasília tivemos de fazer uma grande reforma urbana para ocupar o território e garantir moradia e trabalho"Projetos – Em uma reunião realizada no Instituto de Planejamento Urbano de Pequim, o governador Joaquim Roriz apresentou o seu Programa de Assentamento Populacional do Distrito Federal. As autoridades chinesas ficaram impressionadas com a experiência. Dados oficiais mostram que foram erradicadas 64 favelas que existiam no Plano Piloto(Brasília) com a construção de oito cidades-satélites: Samambaia, São Sebastião, Paranoá, Recanto das Emas, Riacho Fundo 1 e 2, Sobradinho 2, Vila Roriz e Varjão. O governador explicou que 120 mil famílias foram assentadas nessas localidades, criando pólos econômicos, educacionais, de saúde e de segurança. Simultaneamente, o governo criou o Pró-Rural, um programa que teve como objetivo a fixação do homem no campo e o fortalecimento da economia rural no Distrito Federal. O governador Roriz acrescentou que foram criados créditos especiais para facilitar o arrendamento de terras para o plantio. "Em termos de infra-estrutura, o governo do Distrito Federal levou saúde, escolas, eletrificação e apoio científico-tecnológico ao meio rural como forma de instituir uma rede de proteção e contenção do fluxo migratório campo-cidade", disse ele. Uma das questões que mais interessaram às autoridades chinesas foi com relação à propriedade sobre terras distribuídas nos novos assentamentos. O governador Roriz lembrou da criação do programa PRÓ-DF, através do qual a venda das terras é subsidiada mediante a aplicação de incentivos econômicos e isenções fiscais. Na China, a terra é doada, mas pertence de qualquer maneira ao Estado. As autoridades queriam saber se, no caso brasileiro, a propriedade é vendida ou arrendada. Roriz explicou-lhes que a terra é vendida, mas que é o governo quem organiza esse mercado imobiliário. O governador também ressaltou a importância de serem criados mecanismos econômicos de sustentação desses assentamentos. "O PRÓ-DF inclui igualmente a aplicação de incentivos à indústria e a solidificação do comércio do DF", afirmou ele. Segundo Roriz, o programa atraiu 3.600 novas empresas para a região, gerando mais de 60 mil empregos diretos, num prazo de três anos. Isso, de acordo com o governador, contribuiu para diminuir dramaticamente o contingente de cerca de 200 mil pessoas desempregadas no Distrito Federal, o que era considerado um dos maiores índices de desemprego do País. O governador ressaltou aos chineses que Brasília, a pedido do presidente Juscelino Kubitschek aos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, foi pensada e planejada para abrigar o centro administrativo do País, com o objetivo de levar o desenvolvimento sócio-econômico para a região central do Brasil. "Todavia, a cidade acabou se transformando num pólo de atração para todos os brasileiros, o que gerou inúmeras dificuldades, como o alto índice de desemprego e a falta de moradia para a população de baixa renda", explicou o governador, acrescentando que isso provocou a criação de 64 favelas em 28 anos, com cerca de 600 mil pessoas vivendo em condições precárias e desumanas, ao mesmo tempo em que a ocupação desordenada do solo aumentava rapidamente. "Foi necessário então que realizássemos uma grande reforma urbana, a fim de promover a ocupação ordenada do território. O objetivo não era só o de assentar pessoas, mas garantir-lhes acesso à moradia e ao trabalho", disse Roriz.
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* Só pra reforçar que moradia digna, alimentação adequada e emprego digno são direitos constitucionais garantidos a todos os cidadãos brasileiros. Não é atoa que Roriz é tão "lembrado", como o mesmo diz, pelos mais empobrecidos. Por que foi Roriz quem mais aproximou os mais pobres do DF da garantia plena de direitos, tão almejada por todos nós.

1 comentários:

Maria Célia Leão disse...

Roriz tem uma visão de estadista. Brasília foi feita dentro de gabinetes de tecnocratas que sonhavam a utopia de uma cidade que, no centro do país, serviria de "Administração do Governo Federal". Durante anos Brasília foi assim: Capital da República, aonde os gabinetes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário Brasileiro funcionavam alguns dias da semana e a ponte aérea era a grande estrada da Capital. Os ricos, os políticos e os servidores que vieram do Rio de Janeiro e que habitavam Brasília nunca se perguntaram aonde moravam os pedreiros, serventes, mestres de obra, carpinteiros, empregados domésticos, padeiros e outros prestadores de serviço que permitiam a sua estadia aqui. O governo federal doou apartamentos para os pobrezinhos dos deputados, senadores e funcionários públicos morar nesse descampado brasileiro, mas,nada fez para aqueles que construiram Brasília. Certamente a grande populaçãop que veio para cá. para servir esses ilustres moradores, não precisava morar em lugar nenhum....O povo faz direito quando o governo erra, e daí eles fizeram as inúmeras favelas que foram se amontoando até o mmandato do governador Roriz. Homem humano, temente a Deus voltou seu olhar para essa massa que vivia de forma sub humana, mas invisível, e fez um ato heróico: teve coragem de desfavelizar Brasília.Esse foi o seu grande erro: mostrar a miséria de Brasília e cuidar dela. Ricos e poderosos não gostam disso. A miséria, perto de nós, nos incomoda porque nos cobra a dificil arte da solidariedade e do amor ao próximo. Desfavelizar representou formar cidades, construir escolas, hospitais, investir em industrializaçãoenfim gastar dinheiro para a melhoria de uma população que era invisível, e pior ainda construia uma identidade cidadã nessa população abandonada... Ele é amado e reconhecido por essas pessoas,pelos trabalhadores, e hoje muitas delas fazem parte da classe média e poderosa do DF, e tudo isso aconteceu porque, um dia, um homem teve coragem de doar terrenos na Capital da Republica para os trabalhadores que aquí viviam e serviam aos poderosos e que não tinham, por mais que economizassem, dinheiro para comprar a primeira peça da sua casa própria:um lote. O metro quadrado em Brasília é o mais caro do país, e se não fosse esse ato corajoso, eles ainda estariam debaixo das lonas, morrendo por insalubridade, miséria e abandono. Se até Jesus foi pregado numa cruz por amar seus semelhantes nós não podemos esperar que essa população mal informada agradeça ao Roriz pelas cidades lindas que ele fez e outras que ele iniciou. A visão de futuro é so para os estadistas.....Parabéns Roriz. Por isso, e por muito mais, é que eu também fiquei azul!

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